sábado, 16 de janeiro de 2016

CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA 2016 - CASA COMUM, NOSSA RESPONSABILIDADE

Tema: Casa comum, nossa responsabilidade
Lema: "Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca (am 5,24) 


ORAÇÃO OFICIAL DA CFE 2016

Deus da vida, da justiça e do amor,
Tu fizeste com ternura o nosso planeta,
morada de todas as espécies e povos.
Dá-nos assumir, na força da fé
e em irmandade ecumênica,
a corresponsabilidade na construção
de um mundo sustentável
e justo, para todos.
Nos seguimentos de Jesus,
com a Alegria do Evangelho
e com a opção pelos pobres. 
Amém!


EXPLICAÇÃO DO CARTAZ

Autor do cartaz: Anderson Augusto de Souza Pereira

“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24).
Esse foi o versículo que inspirou o processo de criação do cartaz dessa Campanha da Fraternidade Ecumênica.
Assumir a responsabilidade com a Casa Comum exige uma profunda mudança no estilo de vida e nos valores que orientam nossa ação. Nosso modelo de sociedade está baseado no consumo e na aparência. Para suprir essas necessidades, sacrificamos a Casa Comum, que é o espaço em que habitamos.
Nem sempre estamos atentos para atitudes simples, por exemplo, o descarte correto do lixo, ligar nossas casas às redes de esgoto, cuidar da água, entre outras. A falta desses cuidados fere a Criação, de forma que, no lugar de flores, jardins e frutos diversos vemos esgoto a céu aberto, rios poluídos e monoculturas. A diversidade da criação de Deus desaparece.
A terra alegre fica triste. No entanto, a fé em Jesus Cristo nos anima a assumirmos o cuidado com a Casa Comum como resposta ao amor incondicional que Deus oferece a cada um e cada uma de nós. Assumir esse compromisso reacende a esperança de um novo céu e uma nova terra onde habitam a justiça e o direito.
É isso que expressa o rosto da mulher em destaque no cartaz. Queremos que as mudanças dos paradigmas e valores que nos orientam nessa sociedade de consumo transformem o rio poluído em água cristalina e habitado por muitos peixes, a terra seca em uma terra renovada e abundante. Com essa transformação, poderemos dançar e celebrar a esperança de que o projeto da Casa Comum não terá fim, mas continuará por gerações e gerações.


HINO DA CFE 2016

Letra: José Antonio de Oliveira
Música: Adenor Leonardo Terra
1 – Eis, ó meu povo o tempo favorável
Da conversão que te faz mais feliz;
Da construção de um mundo sustentável,
“Casa Comum” é teu Senhor quem diz:

Refrão: Quero ver, como fonte o direito a brotar, a
A gestar tempo novo: e a justice,
qual rio em seu leito, dar mais vida
pra vida do povo.


2 – Eu te carrego sobre as minhas asas
Te fiz a terra com mãos de ternura;
Vem, povo meu, cuidar da nossa casa!
Eu sonho o ver, o ar, a casa pura.

3 – Te dei um mundo de beleza e cores,
Tu me devolves esgoto e fumaça.
Criei sementes de remédio e flores;
Semeias lixo pelas tuas praças.

4 – Justiça e paz, saúde e amor têm pressa;
Mas, não te esqueças, há uma condição:
O saneamento de um lugar começa
Por sanear o próprio coração.

5 – Eu sonho ver o pobre, o excluído
Sentar-se à mesa da fraternidade;
Governo e povo trabalhando unidos
Na construção da nova sociedade.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

O significado das três Cruzes: na testa, nos lábios e no coração


O QUE SIGNIFICA O SINAL DA CRUZ FEITO SOBRE A TESTA, OS LÁBIOS E O CORAÇÃO?
Aprendemos este gesto desde crianças, mas realmente conhecemos seu verdadeiro significado?
Nas normas expostas no Missal Romano, quando se explica o comportamento indicado para o momento da proclamação do Evangelho, estabelece-se que o diácono ou o sacerdote que anuncia a Palavra, depois de ter feito o sinal da cruz sobre a página do Lecionário, deve fazê-lo também sobre a testa, sobre os lábios e sobre o coração.
O sinal da cruz triplo também é feito pela assembleia. E tudo isso não pode ser considerado como mero ritual, mas um forte convite que a Igreja faz, sublinhando a grande importância dada ao Evangelho.
A Palavra de Deus, que é sempre a luz que ilumina o caminho dos fiéis, precisa ser acolhida na mente, anunciada com a voz e conservada no coração. Tudo isso nos recorda que é necessário nos empenharmos em compreender a Palavra de Deus com atenção e inteligência iluminada.
Esta Palavra deve ser anunciada e proclamada por todo cristão, porque a evangelização é um dever de todos os batizados. Precisa ser amada e guardada no coração, para tornar-se depois norma de vida.
Todos nós somos convidados a examinar-nos sobre como acolhemos o Evangelho, como nos comprometemos no anúncio desta mensagem, como conformamos nossa vida segundo suas indicações.
Somos convidados a ser um "Evangelho ilustrado", o "quinto Evangelho", não escrito com tinta, mas com a nossa própria vida.
Acolhamos com a mente, anunciemos com os lábios, conservemos no coração o tesouro da Palavra de Deus e, ao longo deste caminho, confiemos nossas vidas ao Senhor, para sermos reflexo da verdadeira luz em meio às trevas do mundo de hoje.
Artigo do Pe. Antonio, monge no Mosteiro de São Bento, de Monte Subiaco, Itália
via Aleteia

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Alguns objetos litúrgicos usados nas celebrações litúrgicas.

Alguns objetos litúrgicos, usados nas mais diferentes celebrações litúrgicas, na qual cada um tem sua importância e função na liturgia. Mas afinal, o que é liturgia?
“A Liturgia é o cume para o qual tende a ação da Igreja,
e ao meso tempo, a fonte de onde emana toda a sua força.”
(SC 10)
PRINCIPAIS OBJETOS USADOS NAS MAIS DIFERENTES CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS:
ALFAIAS: alfaias são todos os pequenos panos e objetos usados nas mais diferentes celebrações, e que são usados na Mesa da Palavra, na mesa do Sacrifício e durante as celebrações e/ou nos vasos litúrgicos.
† ALTAR – MESA DO SACRIFÍCIO: é a mesa sobre a qual se celebra o Sacrifício Eucarístico, é nela que Jesus se faz presente. O Altar é o centro da Santa Missa.
† AMBÃO – MESA DA PALAVRA: é a mesa onde se celebra a Liturgia da Palavra, ou seja: as Leituras, o Salmo e o Evangelho. É dela que é proclamada ou cantada as Leituras, sobre ela fica o Lecionário ou o Evangeliário.
† SACRÁRIO ou TABERNÁCULO: lugar onde se guardam as Hóstias consagradas (Cristo Eucarístico), destinadas aos doentes. Sempre deve haver uma luz, geralmente de cor vermelha, indicando a presença de Jesus Cristo.
† LIVROS LITÚRGICOS:
† MISSAL: livro que contém todos os formulários das orações usadas nas celebrações da Missa, e fora da Missa. Nele contém todas as orações para todo o ano litúrgico. Formas de Ritos, para todas as celebrações.
† LECIONÁRIO: existem três tipos de Lecionário, que é o Livro onde contém as Leituras, Salmos e Evangelhos, para todo o ano Litúrgico. Os três Lecionários São:
        LECIONÁRIO DOMINICAL: Lecionário usado nos Domingos e Sábados à noite. Nele contêm apenas as leituras e Evangelhos de Domingo;

        LECIONÁRIO SEMANAL: Lecionário usado nos dias de semana. Nele contém todas as Leituras e Evangelhos do dia de semana. Nele só não contém a segunda Leitura para nenhum dia de semana, pois nos dias de semana não tem a segunda Leitura, com exceção nas solenidades e nas Oitavas da Páscoa e Oitavas do Natal;


        LECIONÁRIO SANTORAL: Lecionário usado em festas de Santos. É o Lecionário que contém as leituras próprias para as celebrações de Santos (memórias, festas e solenidades), os principais Santos da Igreja;


        LECIONÁRIO DO PONTIFICAL ROMANO: Lecionário próprio do Bispo de Roma, ou seja, Lecionário próprio do Papa. Nele contêm as Leituras e Evangelhos de todo o ano litúrgico.
† EVANGELIÁRIO: É um Livro maior e mais bonito que o Lecionário, Nele contém apenas os Evangelhos de todos os Domingos e principais solenidades da Igreja.
† RITUAIS: são os livros que contém os ritos de sacramentos e sacramentais, listado a seguir.
        Ritual do Batismo de Crianças;
        Ritual das exéquias;
        Ritual da Iniciação Cristã de Adultos;
        Ritual da Unção dos Enfermos;
        Ritual da Sagrada Comunhão e Culto Eucarístico Fora da Missa;
        Ritual da Penitência;
        Ritual de Bênçãos;
        Ritual do Matrimônio.
† SACRAMENTÁRIO: Livro que resume de maneira sucinta, os rituais dos principais Sacramentos. É um resumo de todos os outros rituais listado acima.
† VASOS SAGRADOS:
† VASOS LITÚRGICOS: são aqueles vasos usados nas celebrações pelos sacerdotes, pelos M.E.S.Cs. Os vasos litúrgicos não são usados apenas nas celebrações litúrgicas, por exemplo: o Cibório: vaso usado para guardar as Hóstias consagradas, ou seja, o Corpo de Cristo, que fica na no Sacrário.
† CÁLICE: O mais digno dos Vasos Sagrados. É usado para portar o preciosíssimo Sangue, e Corpo, quando na Liturgia Eucarística acontece a Fração do pão. Que é quando o Sacerdote parte o pão eucarístico, e o Sacerdote coloca uma parte da Hóstia no Cálice, significando assim a unidade do Corpo e Sangue do Altíssimo Senhor.
† PATENA: Vasilha em forma de pratinho redondo, onde se coloca geralmente a Hóstia maior, ou as hóstias, durante a consagração. Existe também, Patena retangular, pouco usado, na maioria das vezes é usada a Patena redonda.
†CIBÓRIO ou ÂMBULA: Vaso Sagrado semelhante ao Cálice. Possui copa mais larga e tampa. O Cibório geralmente é em forma de taça, onde se fica o Corpo de N.S.J.C, ou seja, as hóstias consagradas que sobraram, que serve para os M.E.S.C ou os Ministros ordenados, levarem para os doentes. Quando tampado, exceto se contêm hóstias que ainda não foram consagradas, leva sobre si o Véu do Cibório.
† OSTENSÓRIO ou CUSTÓDIA: Vaso Sagrado dourado ou prateado, quase sempre artisticamente emoldurado, com um pedestal e suporte. Serve para expor o Santíssimo Sacramento. Geralmente é usado em Adorações Solenes ao Santíssimo Sacramento. Somente o Ministro Ordenado pode dar a Bênção do Santíssimo Sacramento.
† TECA: uma espécie de caixinha redonda, feita de aço, de cor prateada ou dourada, ou de madeira. A Teca é usada para levar Comunhão aos doentes ou aos idosos, as pessoas que estão impossibilitadas de ir á Igreja.
† OUTROS OBJETOS DE USO LITÚRGICO:
† CALDEIRA e HISSOPO: pequeno recipiente em forma de caldeira (pequeno), que serve para por a Água Benta, usada juntamente com o Hissopo (Aspersório).
† ASPERSÓRIO: pequeno objeto que tem água Benta, para aspergir a Água Benta sobre os fiéis, geralmente recordando o Batismo.
† CARRILHÃO ou SINETA: pequeno sino utilizado na Santa Missa, durante a Consagração, e na durante a Benção do Santíssimo. Serve para anunciar a presença do Senhor, que passa ou se faz presente no meio de nós.
† CORPORAL: pano quadrangular de linho, que é aberto sobre o Altar no momento da preparação das oferendas. Sobre ele se coloca o Cálice e as Âmbulas, quem contêm o pão e o vinho, que pela transubstanciação, serão transformados no Corpo e Sangue de Cristo, no momento da Consagração. O Corporal recebe este nome porque sobre ele é colocado o Corpo de Cristo.
† SANGUÍNEO: pequena alfaia retangular, que se encontra junto ao Cálice. É usado para evitar que alguma partícula se perca e para purificar o Cálice após a Comunhão. Recebe este nome porque é usado principalmente para purificar o Cálice, que contém o Sangue de Cristo.
† PALA: objeto rígido, uma espécie de tampa, quadrada, revestida de linho, e geralmente bordado nas bordas. Serve para por sobre o Cálice, para proteger, evitar que caiam impurezas.
† MANUSTÉRGIO: pequena toalha usada junto ao lavabo, que serve para enxugar as mãos do Celebrante, na preparação das oferendas. Ou também para o Celebrante que usa para enxugar o rosto.
† LAVABO: conjunto de bacia e jarro, utilizado para que o Sacerdote purifique as mãos, n o fim do ofertório. Junto com o Lavabo fica o Manustérgio, para que o Sacerdote possa enxugar as mãos.
† GALHETAS: são pequenas jarrinhas, onde se colocam nelas, água e vinho, a sim de levá-las ao Altar no momento da preparação das oferendas, para serem colocados à água e o vinho que estão nelas, no Cálice.
† VÉU DE ÂMBULA: pano que serve para cobrir o Cibório que vai para o Sacrário, que tem Hóstias Consagradas, ela é uma espécie de capa.
† CRUZ PROCESSIONAL: Cruz que acompanha todas as procissões. Ela vai á frente, Ela puxa a procissão. Ela só não vai à frente, quando se usa o Turíbulo. A Cruz é o grande símbolo do cristão. Lembra-nos a morte de Nosso Senhor na Cruz. É nosso maior símbolo de vitória e esperança, pois nela Cristo Salvou toda a humanidade e venceu a morte, ressuscitando.
† TURÍBULO: Vaso sagrado de metal, onde se colocam brasas para queimar o Incenso. Munido de uma parte inferior, onde se colocam as brasas incandescentes e se queima o incenso; uma parte intermédia chamada móvel, chamada Opérculo, uma parte superior, onde se prendem as correntes de sustentação e suspende o Opérculo.
† NAVETA: Vaso em forma de nave/navio, de onde vem seu nome; na maioria das vezes em forma de navio, onde se guarda o incenso que deverá ser queimado. Dentro dele há uma pequena colher de metal, utilizada para apanhar o incenso e colocá-lo sobre as brasas, no Turíbulo.

† GENUFLEXÓRIO: uma espécie de banco próprio para ajoelhar-se, usado para que os fiéis possam se ajoelhar e fazerem suas orações e agradecer ao Senhor. Ele sempre deve ficar na Capela do Santíssimo, se há na Igreja.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Formação para Coroinhas e Acólitos.

Objetos, Símbolos, Termos e Funções na Liturgia
  • Objetos Litúrgicos: São todos aqueles objetos usados nas mais diversas celebrações.
  • Símbolos Litúrgicos: São símbolos usados durante as celebrações e que traduzem alguma mensagem através dos ritos, gestos e das cores.
A seguir, você vai conhecer melhor os principais objetos, símbolos e termos litúrgicos e também as principais funções que se relacionam com o seu trabalho no serviço do altar.
O que um bom Coroinha e Acólito devem saber?
Aqui estão relacionados alguns termos,funções, símbolos e objetos litúrgicos que todos Coroinhas e  Acólitos devem conhecer e que se relacionam com as suas funções:
  • Alfaias: Toalhas e ornamentos do altar.
  • Altar: A mesa onde se celebra a Missa: o centro de toda liturgia.
  • Alva: Veste branca, longa e por vezes com tenda na barra. Traduz purificação, alegria, consagração ao serviço da Igreja.
  • Ambão: Mesa da Palavra, lugar onde o Sacerdote, o Salmista e o Leitor proclamam a Palavra de Deus.
  • Âmbula (ou Cibório): A vasilha (de diversos formatos e tamanho e com tampa) que contém as Partículas (Hóstias Consagradas)
  • Asperges: É a aspersão com água benta.
  • Aspersório: É um instrumento (pequeno bastão) usado para aspergir os fiéis com água benta.
  • Assembleia: Grupo de pessoas que se reúnem para rezar, meditar e celebrar.
  • Átrio (ou Nave): O espaço da igreja onde ficam os fiéis em geral.
  • Baculífero: Aquele que fica encarregado de "zelar" pelo Báculo durante as celebrações onde o bispo se faz presente.
  • Báculo: Bastão episcopal; cajado, bordão que simboliza o serviço do "Pastor" e o Poder.
  • Batina: Hábito eclesiástico (do sacerdote).
  • Batistério: Lugar da igreja apropriado para a celebração de batizados, onde se encontra a "Pia Batismal". Também chamamos de "Batistério" o documento que a igreja fornece e que comprova que o cristão foi batizado.
  • Bíblia: É o conjunto dos Livros Sagrados, dividido em duas parte: Antigo Testamento (que contém 46 livros e narra a história sagrada antes da vinda de Cristo) e o Novo Testamento (que contém 27 livros e narra a história sagrada a partir de Cristo).
  • Caldeira de Água Benta: A vasilha onde se coloca a água benta usada para aspergir os fiéis.
  • Cálice: A vasilha em forma de taça, usada para consagração do vinho (não confundir com cibório ou âmbula).
  • Casula: Veste sacerdotal igual a uma pequena capa que é usada sobre a alva (túnica) durante as celebrações. A cor da casula varia de acordo com o tempo ou circunstância litúrgicos: branca, verde, vermelha ou roxa.
  • Castiçal: Utensílio com bocal na parte superior para segurar velas de iluminação.
  • Ceriferário: A pessoa que é encarregada de conduzir as velas durante as cerimônias litúrgicas.
  • Cerimoniário: O clérigo que dirige as cerimônias litúrgicas.
  • Cibório: O mesmo que âmbula (não confundir com o cálice).
  • Círio Pascal: Vela grande de cera que simboliza o Cristo ressuscitado.
  • Comungar: Receber Cristo na Eucaristia.
  • Comunidade: A associação de pessoas que têm um mesmo ideal ou uma mesma crença.
  • Congregação: A associação religiosa, assembleia ou reunião.
  • Consagração: O momento central da Santa Missa em que o pão e o vinho são transformados no Corpo e Sangue de Cristo.
  • Corporal: Pano de linho engomado, sobre o qual se colocam o "Corpo de Cristo" e o cálice com o seu "Sangue", nas espécies de pão e vinho.
  • Credência: A mesinha onde ficam depositados os objetos sacros usados durante a missa e demais cerimônias.
  • Cruciferário: A pessoa que é encarregada de conduzir a cruz nas procissões ou celebrações litúrgicas.
  • Custódia: O mesmo que ostensório.
  • Eclesiástico: Que pertence à Igreja: bispo, sacerdote, diácono.
  • Epístola: Carta de algum apóstolo que a Igreja lê e medita, para melhor vivência dos fiéis.
  • Estola: Paramento usado pelo sacerdote e diácono, sobre os ombros, por cima da túnica, representando a dignidade sacerdotal e diaconal. A cor da estola varia de acordo com o tempo e circunstância da liturgia (verde, branca, vermelha ou roxa).
  • Eucaristia: Sacramento em que o Corpo e Sangue de Cristo estão representados pelas aparências (espécies) de pão e vinho.
  • Evangelho: A "Boa Nova" - Doutrina de Cristo. Cada um dos quatro livros principais da Bíblia (Novo Testamento).
  • Evangeliário: Livro que contém os Evangelhos, que pode ser conduzido em procissão na entrada da Missa e antes da proclamação do Evangelho.
  • Galhetas: As vasilhas onde são guardadas a água e o vinho usados durante a celebração litúrgica.
  • Genuflexão: Ato de dobrar o joelho, ajoelhar-se.
  • Genuflexório: Banco com local próprio para ajoelhar-se.
  • Hóstia: Partícula de pão ázimo (sem fermento) que se consagra na Missa.
  • Incenso: Resina aromática estraida de várias espécies de árvores, que se queima durante determinadas celebrações. É uma tradição antiga da Igreja e simboliza a proteção e purificação.
  • Lavabo: Cerimônia de ação litúrgica sacrificial. Simboliza a purificação da comunidade, especialmente a do celebrante.
  • Lecionário: Manual que contém apenas as leituras usadas nas missas.
  • Librífero: A pessoa encarregada de conduzir e apresentar os Livros Sagrados (Bíblia, Missal, Lecionário, Evangeliário) usados durante as cerimônias litúrgicas.
  • Liturgia: É a celebração do povo de Deus, reunido em nome de Jesus ressuscitado.
  • Manustérgio: Pequena toalha de linho usada pelo celebrante e ministros da Eucaristia para enxugar as mãos (ou os dedos).
  • Mesa da Palavra: O púlpito ou a tribuna, local apropriado para proclamar a Palavra de Deus.
  • Ministro da Assembleia: O padre, o diácono ou outro ministro que representam Cristo e o povo.
  • Ministro da Eucaristia: Os leigos que auxiliam o sacerdote na distribuição da Comunhão aos fiéis.
  • Missal: Livro que contém as orações, as leituras e a fórmula das Missas para cada dia e cada domingo do ano.
  • Mitra: Insígnia que os bispos, arcebispos e cardeais colocam na cabeça, simbolizando a dignidade episcopal.
  • Mitrífero: Aquele que fica encarregado "zelar" pela mitra durante as celebrações em que o bispo se faz presente.
  • Nave: O mesmo que átrio.
  • Naveta: Vasilha (formato de pequeno barco) usada para guardar o incenso que é colocado no turíbulo.
  • Naveteiro: A pessoa encarregada de conduzir e "zelar" pela naveta durante as cerimônias litúrgicas.
  • Óleo Santo: Óleo abençoado pelo bispo, na Quinta-Feira Santa, usado para ungir os fiéis em diversas cerimônias: Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação Sacerdotal e Episcopal.
  • Ostensório: Objeto onde se ostenta a Hóstia Consagrada, por ocasião das procissões ou da adoração e das bênçãos do Santíssimo.
  • Pala: Cartão, revestido de pano, usado para cobrir o cálice durante a celebração da Santa Missa.
  • Partícula: Hóstia.
  • Patena: Vasilha, em forma de pratinho, onde se coloca a Hóstia da Santa Missa.
  • Presbítero: Padre, Sacerdote.
  • Presbitério: Lugar da Igreja onde ficam os celebrantes e auxiliares (acólitos, cerimoniários) e a mesa do altar.
  • Sacramento: Atos de Cristo, repetidos pela Igreja, que simbolizam o que realizam.
  • Sacrário: Lugar onde se guardam as coisas sagradas, principalmente as Hóstias Consagradas ou relíquias; lugar do maior respeito nas igrejas.
  • Sacristia: Sala anexa à igreja, onde são guardados os paramentos e objetos religiosos.
  • Sacristão/Sacristã: Pessoa encarregada da guarda dos paramentos e objetos usados nas cerimônias religiosas. Pessoa que prepara os mesmos para as celebrações.
  • Sacro: Tudo o que é sagrado, venerável, santo.l
  • Sanguinho: Pano de linho, usado para purificar o cálice e o cibório (âmbula) e outros objetos litúrgicos.
  • Santíssimo: Hóstia Consagrada; o Corpo e o Sangue de Cristo.
  • Santos Óleos: O mesmo que Óleos Santos.
  • Sineta: Pequeno sino, usado pelo acólito, durante a consagração da missa e em outros momentos.
  • Sobrepeliz: Veste branca usada sobre a túnica, pelo sacerdote, durante algumas cerimônias como, por exemplo, no batismo e bênçãos.
  • Solidéu: Pequena boina, usada pelo papa, bispos, arcebispos e cardeais.
  • Tabernáculo: O mesmo que sacrário.
  • Teca (ou Píxide): Pequeno invólucro de metal (estojo) usado para levar Comunhão aos enfermos.
  • Túnica: Veste longa usada pelo celebrante e também pelos acólitos, por ocasião das celebrações.
  • Turíbulo: Vaso em que se queima incenso sobre brasas, em cerimônias especiais. É o mesmo que incensário ou incensório.
  • Turiferário: A pessoa encarregada de conduzir e "zelar" pelo turíbulo durante as cerimônias litúrgicas.
  • Velas: Colocadas sobre o altar, simbolizam a fé e a luz (Cristo).
  • Véu de Ombros: É um pequeno manto que o celebrante usa sobre os ombros por ocasião da bênção do Santíssimo ou da sua procissão solene.
  • Viático: O Sacramento da Eucaristia, administração aos enfermos para indicar-lhes o caminho da fé e para confortá-los, quando estão impossibilitados de ir à igreja.
Recomendações aos Coroinhas e Acólitos:
Os Coroinhas e Acólitos exerce um trabalho muito importante numa comunidade, principalmente durante as celebrações. Por se colocar em local de destaque, está sempre sujeito à atenção de toda a assembleia. Por isso, procure fazer tudo cuidadosamente, lembrando que você poderá servir de "espelho" para toda a assembleia e, principalmente, para as nossas crianças, que poderão até imitá-lo. Quando você participa com bastante entusiasmo, com certeza estará motivando as demais crianças a fazê-lo também.
Oração do Coroinha:
Ó Jesus adolescente, que vivais com o pai celeste em profunda e filial sintonia, aceita nossa dedicação a serviço da liturgia. Nosso desejo é tratar com respeito, sem preconceito, as pessoas da comunidade, que conta com teu auxílio na difícil caminhada; dá-nos um coração repleto de amor aos pobre e simples deste mundo. Alimenta-nos com tua palavra e com os teus ensinamentos, pois queremos te ajudar, Ó Jesus, a transformar a sociedade, e assim celebrarmos dignamente, com sinais, ritos e movimentos, a salvação que ofereces hoje e sempre em favor da humanidade. Amém!
Oração do Acólito:
Senhor Jesus Cristo, sempre vivo e presente conosco, tornai-me digno de vos servir no Altar da Eucaristia, onde se renova o Sacrifício da Cruz e vos ofereceis por todos os homens. Vós que quereis ser para cada um o amigo e o sustentáculo no caminho da vida, concedei-me uma fé humilde e forte, alegre e generosa, pronta para vos testemunhar e servir . E porque me chamastes ao Vosso serviço, permiti que Vos procure e Vos encontre, e , pelo Sacramento do Vosso Corpo e Sangue, permaneça unido a Vós para sempre. Amém!
Oração do Acólito (antes da Missa)
Senhor, damo-Vos graças porque nos chamais novamente ao Vosso serviço, para participar desta Celebração que esta para começar. Ajudai-nos a estar muito atentos para Vos reconhecer na pessoas do Sacerdote, para escutar com proveito a Vossa Palavra, alimenta-nos dignamente com o Vosso Corpo e Sangue, e reconhecer-Vos presente no meio da assembleia do irmãos. Ajudai-nos a servir ao Vosso Altar como Vós o mereceis, a fazer tudo com sabedoria e eficácia, e, sobretudo, a fazê-lo por Vosso amor. Sim, que todo nosso serviço seja, Senhor expressão do amor com que Vos queremos amar, pois só em Vós encontramos a paz e a alegria. Ajudai-nos, Mãe de Deus e nossa mãe, Vós que nos dissestes a todos: "Fazei tudo o que Ele vos disser." Amém!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Padroeiro Diocesano dos Servidores do Altar da Diocese de Foz do Iguaçu

Beato Coroinha Adílio



O Coroinha Adílio Daronch

A família de Adílio Daronch veio da Itália na leva dos imigrantes italianos que ingressaram no Brasil a partir de 1875. Eram seus avós Sebastiano Daronch e Francesca Schena, que aqui chegaram em 1890. Pedro, o pai de Adílio também era italiano, nascido em Agordo, terra natal de Albino Luciani, que viria a ser o papa João Paulo I, em 05 de janeiro de 1883, portanto contava 07 anos quando veio para o Brasil. A família Daronch partiu do porto marítimo de Gênova, possivelmente embarcados no navio Savoie, tendo chegado ao Rio de Janeiro em 01 de dezembro de 1890. No Rio Grande do Sul, a família adquiriu o lote no 519, do Núcleo Soturno, em Linha 11, no atual município de Nova Palma, onde se dedicaram ao cultivo da terra e criação de animais domésticos. Pedro, aos dezoito anos, deixou a casa paterna como aprendiz de sapateiro e seleiro, casando-se a seguir com a senhorita Judite Segabinazzi, a 15 de janeiro de 1905.
O casal foi morar em Dona Francisca, então 5º distrito do município de Cachoeira do Sul. Adílio nasceu ali, em 25 de outubro de 1908. Foi o terceiro filho do casal Pedro e Judite. Foi batizado em 1º de novembro desse ano, pelo padre Germano Schrör tendo sido seus padrinhos, o Sr. Alexandre Socal e a Sra. Rosa Martini.
Em 1912, a família de Pedro Daronch transferiu-se para o município de Passo Fundo, onde Pedro atuou como fotógrafo. Passados alguns anos, transferiu-se novamente e agora para Nonoai, continuando como fotógrafo e mantendo uma loja e uma pequena farmácia homeopática. Pedro gozada de bom conceito junto à comunidade de Nonoai e Dona Judite era apreciada pela sua bondade.
A família Daronch se destacava na prática da caridade e colaborava muito com o Padre Manuel, ajudando-o nas missas e nas cerimônias litúrgicas e religiosas.
Desde cedo Adílio manifestava predileção pelas coisas da igreja e gostava de servir o padre como coroinha e ajudante em geral. Feita a primeira comunhão, começou a auxiliar no serviço do altar. Por sua vez, o Padre Manuel era, com freqüência, hóspede da família Daronch e lá muitas vezes fazias suas refeições.
Adílio era um menino alegre, embora de temperamento um tanto reservado, gostava de futebol e desde pequeno se manifestava pela sua liderança inata, ponteando os jogos e orientando os colegas na condução das diversões, porém, não descurava o serviço de acólito por causa dos folguedos. Levava muito a sério sua missão. Com o passar do tempo, acompanhava o Padre Manuel pelo interior, troteando em seu burrinho, ao lado do seu protetor e mestre.
O pai do jovem Adílio falecera em 05 de maio de 1923, traiçoeiramente assassinado, no município de Marcelino Ramos, em disputas entre maragatos e chimancos, que a partir de 1923 tomaram vulto e se alastraram por toda a parte, como integrante nas fileiras dos combatentes, deixando órfãos a esposa com seus sete filhos, todos menores.
Como não podia deixar de ser, a viúva de Pedro e seus filhos, após o triste acontecimento, tiveram o apoio decisivo do pastor e amigo Padre Manuel, que os confortou e acompanhou nessa triste etapa de suas vidas.
Após a morte do chefe da família Daronch, as dificuldades cresceram e o grupo familiar se dispersou, cada qual seguindo seu caminho, em diversas direções e Dano Judite mudou-se para o município de Dona Francisca, onde veio a falecer, a 23 de março de 1932.
O fim do coroinha Adílio será considerado mais adiante, quando na companhia do Padre Manuel, veio a sofrer o martírio de forma cruenta, em Três Passos.

O martírio dos servos de Deus

A esta altura, os dois viajantes, mensageiros da Boa Nova do Evangelho, já estavam nas mãos dos malfeitores, que os buscavam com sofreguidão e não foi difícil perceber que seu destino estava traçado.

 "Chão Sagrado" - Local do Martírio

Nas proximidades de um matagal em lugar ermo em que se encontravam, os facínoras os apearam de suas montarias, os conduziram para o interior do mato, onde foram atados a árvores e a seguir mortos sumariamente, com diversos tiros de armas de fogo. Perpetrada a dupla criminosa chacina, os assassinos impiedosos roubaram das vítimas o que puderam, inclusive suas montarias e voltaram para o Alto Uruguai.
A comunidade de Três Passos aguardou ansiosa pela chegada do padre Manuel e do seu auxiliar Adílio, durante horas, mas em vão, imaginando que o sacerdote tivera contratempos ou que tivesse ido atender a algum chamado urgente de outra localidade intermediária. No dia seguinte ao atentado macabro, começaram as buscas. Informados pelo dono do bolicho onde haviam pernoitado, sobre o possível local em que poderiam ser encontrados os dois viajantes, foram conduzidos ao capão de mato, onde se depararam com a tétrica cena do massacre.
Releva salientar, que apesar de terem percorrido tantas horas após a morte dos mártires, os corpos ao serem encontrados, estavam preservados e não haviam sido sequer tocados pelos animais da floresta, então densa e repleta de feras e não apresentavam nenhum outro sinal de violência, além da perpetrada pelos vis assassinos.
Levados os corpos dos mártires com sentida aflição e desconsolo dos amigos e fiéis, foram sepultados com grande acompanhamento em Três Passos. No local do martírio, foi construída uma capela, para onde começaram a acorrer em seguida e de forma crescente, devotos, peregrinos e romeiros, com a finalidade de pedir favores e agradecer pelas graças alcançadas.
O local do sepultamento tornou-se então um centro devocional, atraindo pessoas de muitas localidades e dando origem à romaria, que ora se realiza todos os anos, no terceiro domingo de maio, em Nonoai, para onde foram transladados os restos mortais dos dois mártires, sepultados ao lado do Santuário de Nossa Senhora da Luz, num complexo de visitação de fiéis, que ali ocorrem, deixando seus ex-votos em sala contígua, em razão das graças alcançadas. Em Três Passos, Terra Sagrada onde aconteceu o martírio, desde 1993, é realizado no último domingo de maio a Romaria onde os fiéis saem em caminhada da frente da igreja matriz Santa Inês, percorrendo 5km até a localidade do Feijão Miúdo, local onde aconteceu o martírio, hoje denominado Parque do Santuário dos Beatos Mártires do Rio Grande do Sul.

Romaria ao Santuário

Crescendo a devoção aos mártires da fé, que foram sacrificados no cumprimento do ministério da evangelização e constatadas tantas graças alcançadas por seu intermédio, foi encaminhado a Roma o processo de beatificação dos mártires riograndenses, em setembro de 1988, por iniciativa do então bispo da diocese de Frederico Westphalen, Dom Bruno Maldaner.
No dia 13 de fevereiro de 2001, a Causa da Beatificação foi aprovada por unanimidade, pela Comissão de Consultores Históricos, presidida pelo relator Geral, Frei Ambrogio Eszer.

Missa de Beatificação

Em 21 de outubro de 2007, na cidade de Frederico Westphalen, sede da diocese, foi realizada missa de beatificação. Além de ser a primeira beatificação realizada no Rio Grande do Sul, Adílio Daronch é o primeiro gaúcho e o primeiro Coroinha do mundo a receber a consagração de Beato.

Fonte: Diocese de Frederico Westphalen